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Sobre o Livro: A segunda edição ampliada do livro Remanescentes da Mata Atlântica apresenta de forma ainda mais ampla e contundente, com cerca de 200 novas imagens, a história visual deste bioma que é predominante em toda a paisagem costeira do Brasil e foi devastado ao longo da história recente. A Mata Atlântica é lar de 70% dos brasileiros e produtora de serviços ecossistêmicos essenciais para 80% da economia nacional, mas foi exterminada a ponto de sobreviverem somente 12,4% de fragmentos da floresta original em diferentes estágios de degradação. Contar como tamanha riqueza biológica foi tão rapidamente transformada e olhar para o que restou dela é tarefa urgente nos atuais tempos de emergência ambiental em que vivemos, para que a população possa tomar consciência do que foi perdido, de sua importância e dos caminhos para o futuro. Resultado de uma pesquisa de décadas do botânico Ricardo Cardim, o livro surgiu da percepção de que quase não existem registros visuais disponíveis de como era a Mata Atlântica original antes dos ciclos de devastação, de suas grandes árvores e de seu processo de destruição em poucas gerações. Fotografias e outros documentos iconográficos foram pesquisados pelo autor em antigos arquivos, fazendas de café, famílias, ex-madeireiros e muitas outras fontes e personagens, e este conjunto de registros reunidos pode ser considerado a primeira coleção visual da história da Mata Atlântica. Posteriormente, para estabelecer uma comparação com o que era mostrado por esse material histórico, foram empreendidas diferentes expedições por todo o bioma, em que o autor circulou por milhares de quilômetros junto ao renomado fotógrafo Cássio Vasconcellos em busca dos trechos mais bem preservados da Mata Atlântica, com o objetivo de registrar as raras árvores gigantes e seculares sobreviventes, com resultados surpreendentes. Finalista do Prêmio Jabuti 2019, na categoria Ciências.
Para esta nova edição, três novas expedições foram realizadas, além das seis anteriores, em busca das grandes árvores ainda existentes. Elas são apresentadas no quarto capítulo. “A partir de uma pesquisa bibliográfica e de consultas a outros botânicos e especialistas, buscamos identificar quais seriam os trechos sobreviventes no bioma – e possíveis de serem visitados – que teriam características mais próximas de uma floresta antiga ou madura (primária). Não foi tarefa fácil. Na verdade, poucas áreas frente ao total de remanescentes estudados pareciam ser acessíveis e apresentar trechos com ocorrência significativa de grandes árvores. A vulnerabilidade desses fragmentos ficou demonstrada quando, com viagem marcada para a Estação Ecológica do Barreiro Rico, na região do Anhembi, São Paulo, tivemos de cancelar a visita por causa de um grande incêndio florestal no seu entorno”, relata Cardim. Pouco estudada em seu aspecto histórico, a Mata Atlântica ganha com este inédito inventário visual um documento contundente a demonstrar a gravidade ecológica de sua situação atual Sobre o autor: Ricardo Cardim (São Paulo, SP, 1978) Paisagista e botânico, é diretor da Cardim Arquitetura Paisagística, escritório especializado em grandes projetos e com atuação nacional. Mestre em Botânica pela Universidade de São Paulo, recebeu em 2021 o Prêmio Muriqui Pessoa Física, uma das principais premiações ambientais do país, cedido pelo RBMA – UNESCO. Criou a “Floresta de Bolso”, técnica para a restauração de florestas nativas no meio urbano e rural. Foi também curador de exposições no Museu da Casa Brasileira (MCB) e Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE) em São Paulo (SP), e participa neste último como membro do Conselho de Meio Ambiente. Em 2023 recebeu o prêmio de melhor paisagismo na Casa Cor São Paulo. Desde 2024 é membro da Comissão Municipal de Mudanças Climáticas de São Paulo. Também é autor de Paisagismo Sustentável para o Brasil – Integrando Natureza e Humanidade no século XXI.
ISBN: 9786560920286
Páginas: 408
Capa dura